quinta-feira, abril 06, 2006

O céu de Marília


Marília falava sofregamente feito tempestade.
Falava e chorava, em desespero,
a cara fechada cor-de-chumbo.
Do pranto ao riso foi um salto, e então
a gargalhada.
Eu, que encarava Marília, não lhe dizia nada.
Apenas esperava o arco íris se formar, comprido,
bem no meio da cara.