simulacro
Um sujeito de barba rala entra no café onde estou lendo Bioy Casares. Me interrompe e pergunta se sou Mariana. Digo que sim, com a cabeça. Logo atrás vem uma menina, pedindo desculpas pela confusão. Chama-se Mariana e também veste branco.
O paralelismo dos personagens e da situação me faz pensar que a máquina de Morel já entrou em funcionamento, embora eu nem tenha avançado a página 50.
Termino o machiatto, cruzo a porta, caminho oito quadras pela sombra. E já sei que continuarei na mesma mesa lendo Bioy Casares, com a mesma blusa branca respingada de café.